Outubro Rosa: conscientizar é cuidar - Naturallis
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Outubro Rosa: conscientizar é cuidar

O movimento Outubro Rosa enfatiza a importância do controle ao câncer de mama. Isso inclui eventos, debates e materiais educativos. Ou seja, a ideia é que o diagnóstico e o tratamento cheguem a quem precisa. Assim, contribui para a redução dos casos fatais.

Então, seguem algumas informações importantes:

  • Câncer de mama é uma multiplicação anormal de células da mama. Isso forma um tumor que pode ir para outros órgãos.
  • Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem de forma rápida; outros não.
  • Quanto antes detectamos, mais eficaz é o tratamento.

O que é a detecção precoce, tão falada no Outubro Rosa?

Apesar do destaque desse tema no Outubro Rosa, nem sempre é bem explicado. Então, vamos entender alguns conceitos.

Primeiramente, vamos falar sobre prevenção primária. Ela inclui hábitos saudáveis, como:

  • exercícios físicos;
  • alimentação balanceada;
  • baixo consumo de álcool.

Da mesma forma, a amamentação também é um fator de proteção. Logo, deve ser incentivada. Nesse sentido, a recomendação é amamentar de forma exclusiva até os seis meses. Ademais, o leite materno deve ser o principal alimento até um ano e um complemento às refeições até pelo menos dois anos.

Além disso, o risco é maior para mulheres que não deram à luz, ou tiveram a primeira gestação tarde. No entanto, não dá para a saúde pública intervir nisso.

Por outro lado, a detecção precoce inclui:

  • diagnóstico precoce (em pessoas com sinais e sintomas);
  • rastreamento (em pessoas assintomáticas).

Afinal, devo ficar alerta apenas durante o Outubro Rosa?

Não apenas no Outubro Rosa: o cuidado deve acontecer todos os dias, o ano todo! Isso é feito palpando, olhando e sentindo suas mamas no dia a dia. Assim, fica fácil notar uma mudança suspeita. Logo, procure ajuda o quanto antes se notar:

  • nódulo na mama que dure mais de um mês ou que aumente de tamanho;
  • qualquer nódulo na mama, desde que tenha mais de 50 anos;
  • nódulo no pescoço ou axilas;
  • partes duras na mama;
  • pele da mama com aspecto de casca de laranja;
  • saída de líquido do mamilo;
  • vermelhidão;
  • retração da mama;
  • mudança na posição ou formato do mamilo.

Lembre-se: a prevenção primária pode evitar quase um terço dos casos de câncer de mama!

Riscos e benefícios do rastreamento

Para mulheres sem sintomas, o Ministério da Saúde e a OMS recomendam a mamografia a cada dois anos, desde que a mulher tenha de 50 a 69 anos. Contudo, algumas podem precisar disso mais cedo, por causa do risco elevado. Isso acontece quando há:

  • mãe, irmã ou filha com câncer em uma das mamas antes dos 50 anos;
  • alguém na família com câncer de ovário ou de mama nos dois lados;
  • algum homem na família com câncer de mama;
  • alguns tipos de lesão na mama.

Ainda assim, vale notar que a decisão de participar do rastreamento deve ser compartilhada, ou seja, entre o profissional de saúde e a paciente. Para isso, devem considerar suas vantagens, mas também seus riscos. Dentre eles, temos:

  • resultados falsos positivos, trazendo ansiedade e demanda por mais exames;
  • resultados falsos negativos (falsa segurança para a mulher);
  • excesso de tratamento, ou seja, tumores que podem não evoluir são identificados e tratados;
  • pequeno risco de exposição à radiação ionizante, que pode aumentar com repetições de mamografias ao longo de muitos anos.

Muito além do Outubro Rosa 

O Outubro Rosa nos mostrou meios de prevenir e de encontrar o problema bem no comecinho. Agora, fica a pergunta: o acesso é para todas?

Infelizmente, não. Ainda há muito a ser conquistado quando se fala em câncer de mama. Como exemplo, algumas mulheres com sintomas demoram muito para conseguir consulta. Além disso, demoram também os exames (mamografia e biópsia). Por fim, quando descobrem o câncer, o tratamento chega com atraso.

Esse tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e até quimioterapia e hormonioterapia.

Logo, além das campanhas do Outubro Rosa, as medidas devem ser mais profundas. Assim, mais mulheres terão acesso a serviços de saúde. Então, poderão investigar e tratar a doença a tempo.

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