O eixo músculo-intestino na performance esportiva - Naturallis

O eixo músculo-intestino na performance esportiva

A comunidade científica acredita que cem trilhões de microrganismos habitam o corpo humano desde o momento de nosso nascimento, desempenhando papéis fundamentais na nossa fisiologia, incluindo em nossa saúde.

Dentre as comunidades de microrganismos em nosso corpo, a microbiota intestinal, que vive no intestino, é de extrema importância para regulação de vias metabólicas, células do sistema imune, tolerância à glicose e liberação de hormônios intestinais.

A microbiota intestinal tem sido considerada um órgão vital graças à sua conectividade com outros órgãos através das vias neurais, endócrinas, humorais, imunológicas e metabólicas.

O eixo músculo-intestino e sarcopenia

Existe uma interação e co-dependência do intestino com o sistema muscular. O intestino e os tecidos musculares se comunicam através de várias vias, incluindo o sistema nervoso, os hormônios e o sistema imunológico, favorecendo a regulação do processo de digestão, o metabolismo e a função muscular.

Por exemplo, quando o alimento entra no sistema digestivo e chega até o estômago, ele desencadeia a liberação de hormônios que sinalizam não apenas a contração dos músculos, ajudando a misturar e impulsionar o alimento pelo trato digestivo, mas também promovem a saciedade.

Por outro lado, a atividade física também pode estimular o intestino, aumentando o fluxo sanguíneo e o fornecimento de nutrientes ao revestimento intestinal para apoiar a função digestiva.

A desregulação do eixo intestino-músculo pode levar a problemas digestivos e metabólicos, incluindo doenças inflamatórias intestinais, obesidade e perda de massa muscular.

Embora o envelhecimento esteja associado a um declínio progressivo da massa e força muscular, uma deterioração acelerada da capacidade funcional muscular tem sido observada em indivíduos com sarcopenia. A sarcopenia é definida como o declínio da função e massa muscular esquelética.

As implicações clínicas da sarcopenia incluem o aumento da incidência de quedas e fraturas, fragilidade, perda de mobilidade e independência, e mortalidade prematura entre adultos mais velhos, mas não estão limitadas a esses sintomas.

A microbiota intestinal também afeta a preferência de utilização de energia muscular e metabólitos via eixo músculo-intestino. Dentro da microbiota existe o Lactobacillus plantarum, que  favorece o recrutamento de energia, possivelmente devido à regulação da glicogênese para a demanda de exercício. Este estudo ainda demonstra que o L. plantarum é capaz de melhorar marcadores relacionados à fadiga e melhorar o desempenho. Os resultados podem ser explicados pelos efeitos anti-inflamatórios oferecidos pelo L. plantarum, levando a uma melhora nos marcadores de atrofia muscular.

Lactobacillus plantarum é isolado de um tipo de acelga tailandesa fermentada (kimchi), bactéria Gram-positiva, não-patogênica, heterofermentativa, que é naturalmente encontrada em diversos nichos, incluindo produtos lácteos, carnes, vegetais, além de também residir no trato gastrintestinal dos seres humanos e animais.

Pode ser usado por pessoas que treinam ou não, promovendo o aumento de performance na atividade física, aumento de rendimento nos exercícios de resistência e ganho de massa muscular.

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